domingo, 2 de outubro de 2011

Rock in Rio 24/09/2011 e 25/09/2011
















Estamos chegando ao fim do maior festival de música do mundo.

A mídia já esgotou os temas relacionados ao Rock in Rio, mas, pretendo aqui dar as minhas impressões, adquiridas nos dias 24 e 25, quando estive no festival.

No dia 24 fui para assistir principalmente os shows do Stone Sour e Red Hot Chilli Peppers.

A organização para entrar foi bem confusa. Havia uma fila gigante (mais de 3 km), sendo que lá na frente não havia fila, posto que esta se tornava um amontoado de gente em frente os portões de entrada.

Mas, muitos, como eu, chegando e vendo a fila gigante, foram logo para o final dela, demorando uma eternidade para entrar na Cidade do Rock.

Já no interior da Cidade do Rock a organização era maior. Haviam muitos lugares para se comer, diversas atrações (dois palcos, rock street, roda gigante, montanha russa, tirolesa, stands de marcas, lojas com jogos e outras diversões etc) de modo a dispersar a grande multidão.

Havia fila para qualquer coisa (exceto para os banheiros, que eram muito grandes, além de serem vários). Os fast-foods ficavam abarrotados de gente, bem como as lojas e filas para os brinquedos.

Mas, obviamente, onde havia a maior concentração de gente eram nos palcos Sunset e Mundo.

Nesse dia não assisti a nenhum show do palco Sunset, pois não havia nenhum que me agradasse.

No Palco Mundo, a abertura foi de NX Zero. Eles, merecidamente, foram vaiados da primeira à última música. Mas, quem deveria ser vaiada é a administração do Rock in Rio, por colocar essa bandinha emo para tocar no mesmo dia de Stone Sour e Red Hot Chilli Peppers. Deveriam tocar no dia Pop.

O show do Stone Sour foi o melhor da noite, com muita agitação do público. Mas, o Red Hot também não decepcionou. Tocaram os clássicos e sacudiram multidão.

NX Zero é música para "adolescentes hipersensíveis". Também não gosto de Capital Inicial, muito menos de Snow Patrol, que deveria se chamar Slow Patrol, devido à sua lerdeza... os bocejos dominaram este show. Dia 24/09 também valeu apena para conhecer a Cidade do Rock, pois, no dia seguinte, eu sabia que ficaria o tempo todo nos shows.

Fiquei impessionado com a organização para a saída da Cidade do Rock. Haviam 300 ônibus à disposição do público, saindo para o terminal Alvorada e o Via Parque, o que tornou a evacuacão da Cidade do Rock rápida e tranquila.

No dia 25/09, o mais esperado pra mim, eu já estava vacinado, portanto, não fiquei naquela fila gigante. Cheguei e fui logo pra frente, no amontoado de gente. Foi a melhor coisa que fiz, pois entrei bem cedo na Cidade do Rock e assisti o show do Matanza por completo.

O primeiro show foi o do Matanza, às 14:40 e, "pra variar", foi um belo show. A galera, ainda cheia de energia, fez "bate cabeça" do começo ao fim do show.

Depois veio o show do Korzus, metal pesado e nacional de muita qualidade, além das participações especiais, inclusive de João Gordo. Foi o show de maior loucura no Palco Sunset. O povo foi ao delírio quando o vocalista mandou todos os que estavam à direita correrem para a esquerda e vice-versa, transformando o público em um "bate-cabeça" generalizado.

O terceiro show foi o do Angra, com a participação de Tarja Turunen. O show foi muito bom, eu estava na grade, mas, infelizmente o som estava péssimo. O microfone utilizado pelo Edu era um lixo, o público reclamou, Tarja reclamou, mas fizeram o show inteiro com aquela qualidade ridicula.
Ainda sim, foi muito interessante ver a Tarja cantando Whutering Heights e Phantom Of The Opera, com o Edu Falaschi.

Abri mão de ver o show do Sepultura (que gosto muito) para me preparar e pegar um bom lugar no Palco Mundo, para os shows que viriam logo em seguida.

Quem abriu os shows no Palco Mundo foi a banda Gloria. Outro erro crasso da organização do Rock in Rio.
Gloria é uma banda meio emo, meio hardcore, difícil de definir... Com um vocal gutural (que chega a esboçar um pouco de peso) e um outro vocal tipicamente emo (aquele vocal chorado, que canta letras de auto-ajuda, tipo: "as coisas vão se resolver"), Gloria faz uma combinação ridicula entre peso e excesso de sentimentalismo barato.

Obviamente, foram vaiados durante todo o show, exceto quando tocaram 2 músicas do Pantera. Foi até boa a tentativa de tocar cover de uma banda clássica para ganhar a simpatia do público, mas, assim que retornaram às músicas próprias, as vaias voltaram com força total.

É impressionante que os organizadores do evento não tenham aprendido com o episódio Carlinhos Brown.

O segundo show do Palco Mundo foi o da banda Coheed and Cambria. Eu havia visto uns vídeos da banda no Youtube, pelo fato de um amigo gostar da banda e ter me indicado.
Na época, não gostei nada, principalmente pelo vocalista, que tem uma voz esquisitinha demais. Mas, confesso que me surpreendi com o show deles.
Os músicos são ótimos, a banda fica muito mais pesada ao vivo e algumas músicas são muito boas, como In Keeping Secrets of Silent Earth:3.
Quando tocaram The Trooper, do Iron Maiden, a multidão foi ao delírio.

Depois veio o show do Motorhead, um clássico do rock/metal. Na hora em que começou o show, o pessoal que estava assistindo o show do Sepultura (que havia acabado naquele instante) correu para o Palco Mundo, buscando um lugar - à força, é óbvio. A empolgação tomou conta de todos e começou o maior empura-empurra e as maiores rodas de bate-cabeça que eu já vi!
No momento em que começaram a tocar Ace of Spades, sobrou pra todo mundo. Eram "socos" e cotovelos pra todo lado. Pessoas caíam, outras passavam mal, mas ali era cada um por si e a porrada "comia solta". Os mais fracos iam para trás e deixavam os mais fortes se matarem lá na frente, perto da grade.

O quarto show do grande palco foi dos mascarados do Slipknot. Grande parte do público aguardava esse show mais do que qualquer outro e, convenhamos, na hora do show foi fácil descobrir o porquê. O vocalista Corey Taylor já havia mostrado na noite anterior (ele também é vocalista do Stone Sour) como se agita uma platéia, mas com o Slipknot ele se torna "diabólico".
Houve de tudo: pirotecnia, membro da banda se jogando ao público, cem mil pessoas ajoelhadas aguardando a ordem do vocalista para que todos pulassem e muito "bate-cabeça".
Não sou muito fã dessa nova vertente do metal, representada pelo Slipknot, mas tenho que admitir que foi um dos melhores show da minha vida. Sensacional! Só não digo que foi o melhor da noite porque ainda estavam por vir "Os Deuses do Metal"!

Então chegou a grande hora. Ecstasy of Gold já tocava suavemente e todos já sabíamos, METALLICA estava chegando, a maior banda de metal do PLANETA!

O show foi perfeito. Abriram com Creeping Death e no decorrer do show surpreendiam a platéia com clássicos e mais clássicos. Estiveram no Set List os clássicos Master of Puppets, One, Sad But True, Enter Sandman, Seek And Destroy, Blackened; as baladas Nothing Else Matters e Fade to Black, os solos do mestre Kirk Hammet e do Trujillo, tocaram até a rara Orion, além de músicas novas como Cyanide e All Nightmare Long e muitas outras.

Foram mais de 2 horas de show, pra mostrar que os cinquentões do metal ainda estão inteiros para presentear o público com muito metal de altíssima qualidade.

Para mim, o Rock in Rio foi um ótimo festival, bem organizado, com bastante segurança e ótimas bandas, principalmente no dia 25/09/2011...

... um dia para os metaleiros jamais esquecerem!

0 comentários:

Postar um comentário