tag:blogger.com,1999:blog-34265969664816684992024-03-12T18:01:18.118-07:00Pensar agora!O que nos faça pensar, elocubrar, reverberar, raciocinar...Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-73898091057056760122012-08-01T06:15:00.001-07:002012-08-01T06:22:07.053-07:00Escola...<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Penso que as escolas deveriam preparar para a vida, e não apenas para o vestibular. Como pode alguém passar mais de 10 anos em uma sala de aula e aprender tanta coisa inútil, ao passo que não aprende coisas essenciais à cidadania.</span></span></span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Quando eu tinha 16 anos tive que aprender coisas na escola como calcular logarítimos, matrizes, ou o Dispositivo Prático de Briot-Ruffini, ao passo em que nunca me foi</span><span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> e</span><br />
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<span style="background-color: black; color: white;">nsinado nada sobre o Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Ministérios etc. Fui aprender na faculdade (isso porque fiz Direito, porque do contrário, não saberia até hoje), e, no entanto, tinha o título de eleitor desde os 16.<br />
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Qualquer pessoa maior de 18 anos é obrigada a votar, independentemente de sua área de atuação (exatas ou humanas), mas, ninguém recebe qualquer instrução básica sobre a Constituição ou Ciência Política.<br />
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Por isso, acho a escola uma merda.</span></div>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-7775160269252796952012-06-19T20:54:00.001-07:002012-06-19T20:55:09.310-07:00Corrupção e Hipocrisia.<span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">O corrompido existe porque existe o corruptor. </span><br />
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<span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Quem aceita propina é corrupto, quem oferece também é.</span><br />
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<span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Quem não recolhe qualquer tipo de tributo é tão corrupto quanto o fiscal que exige dinheiro para não "fechar o seu negócio".</span><br />
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<span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Quem oferece o "dinheiro do cafezinho" para o policial é tão corrupto quanto o servidor público que aceita o dinheiro ilícito. Ambos cometem crime, seja Corrupção Ativa</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;"> ou Corrupção Passiva.<br /><br />Ética não é algo a ser cobrado só dos políticos, policiais, fiscais e servidores públicos em geral. Todo cidadão deve ter ética como princípio básico e fundamental.<br /><br />Até porque, ninguém faz parte do Congresso Nacional por hereditariedade. São representantes do povo, eleitos pelo povo.<br /><br />Portanto, os políticos são reflexos da nossa sociedade. O que acontece em Brasília, acontece no Brasil inteiro, em todas as esferas da sociedade.<br /><br />A corrupção está em todo lugar. Fala-se muito de políticos, mas quando ela vem de um cidadão comum, chega a passar desapercebido.<br /><br />Haverá uma mudança nesse país quando e ética for ensinada desde a infância, pelos pais, antes mesmo de qualquer outro valor.<br /><br />É muito bonito falar de Amor, Paz, Justiça e outros valores, mas, para que exista qualquer um desses, é preciso que antes haja ÉTICA.</span>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-89301178467623046712012-06-07T21:28:00.000-07:002012-06-07T21:50:05.628-07:00O mistério do motorista do Golf.O Universo tem seus mistérios e alguns deles me intrigam.<br />
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A antimatéria, os buracos negros, a teoria dos universos paralelos, os óvnis e o motorista do Golf.</div>
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Motorista do Golf?</div>
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Sim!</div>
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Desde que tirei a carteira de habilitação, noto uma peculiaridade daqueles que dirigem determinados modelos de carro. </div>
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É como aquela história de que o cachorro assume a personalidade do dono, já ouviu? Então... Tenho a impressão de que o motorista assume a "personalidade do carro". Qualquer dia escrevo sobre a "personalidade" do Astra e do Corolla, pois ambos também me intrigam, mas hoje é o dia do Golf, o mais impressionante de todos.</div>
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Não que eu tenha uma agenda muito lotada, nem que eu seja muito atarefado, mas, normalmente estou com pressa. Talvez porque saio de casa sempre no horário limite (pra não dizer atrasado), talvez porque sou ansioso e hiperativo, ou talvez porque simplesmente não tenho prazer em gastar o meu tempo no trânsito. Não importa. O fato é que, como bom apressado, ando quase sempre na esquerda... Isto é, quando um Golf não faz com que eu mude de ideia.<br />
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O motorista de Golf só anda na esquerda e; por razões que eu desconheço, mas tentarei descobrir nesta crônica; ele dirige "beeeeem devagarinho", com o braço pra fora, pescoção esticado na janela, sorriso no rosto e seu óculos Ray Ban.</div>
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Ela ama dirigir!</div>
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Talvez sejam os bancos de couro, talvez a direção hidráulica, ou, quem sabe, seja a mecânica do carro, sei lá... Não faço ideia! Nunca dirigi um Golf, mas, tenho uma vontade enorme de dirigir, pra saber qual é o "barato" que dá.</div>
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É claro que irrita você estar atrás, ansiando que ele te dê lugar para a ultrapassagem - ao invés de curtir lentamente o seu passeio - mas, mais do que irritar, causa inveja! Eu vejo aquela pessoa sorrindo no trânsito, andando tão vagarosamente, sem pressa, sem ansiedade, sem problemas, sem horários a cumprir, com toda aquela calma, sem se importar com uma fila de carros atrás, completamente loucos de raiva e eu penso: "Esse carro é tudo o que eu preciso"!</div>
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É como o clichê da propaganda do carro zero: a família vai cantando durante todo o percurso, o marido abraça o carro, a esposa ajuda a lavá-lo, as crianças são educadas e felizes, os irmãos não brigam...</div>
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O problema é que o marketing é falso, exceto quando é a propaganda do Golf, pois, meu amigo, esse faz milagre!</div>
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Às vezes, no caminho do trabalho para casa, quando empaco atrás de um Golf, na via da esquerda, e sou obrigado a segui-lo até em casa, vou pensando em muitas coisas - pois dá tempo de planejar até a minha aposentadoria daqui há 30 anos - e o que mais penso é no que o motorista fazia em casa antes de ir para a rua. Acho que seria uma cena do tipo: Ele em casa, no sofá, assistindo Chaves e, entediado, pensa: "Puxa vida, nada pra fazer... Agora é a hora do rush, vou socializar no trânsito".</div>
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Não me pergunte qual o motivo da atração pela via da esquerda. Como eu já disse, nunca dirigi um Golf. A única coisa que posso imaginar é que, andando na esquerda, fica mais fácil de esticar o pescoço pela janela; coisa que o Golf exige de você.</div>
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No domingo então, sai de baixo! Jamais siga um Golf em pleno domingo, principalmente se você tiver problemas cardíacos! Dia mundial do tédio, os Golf's estão a solta! </div>
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Meu avô, que Deus o tenha, costumava dizer: "Vou mandar esse cara trazer a morte pra mim". Infelizmente, a morte não veio de Golf para ele, que morreu jovem demais.</div>
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Portanto, prezado leitor, quando pensar em comprar um carro, pense nisso: alguns carros são meios para se chegar a algum destino, o Golf é o próprio destino.</div>
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<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;"><br /></span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Não Veja, leia... pesquise!</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;"><br /></span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;"><br /></span>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-40560648959437569542012-04-18T14:26:00.000-07:002012-04-18T14:27:21.376-07:00AteusExistem 2 tipos de ateus. O primeiro é aquele ateu convicto, para quem a religião é indiferente, embora ele conheça seus preceitos. Para ele, a inexistência de Deus não tem qualquer ligação com as falhas e os dogmas das religiões, ele sabe ...que a "idéia de Deus" e as religiões são completamente independentes um do outro. Ele não acredita em Deus porque, segundo o seu entendimento, somos meros frutos do acaso, produtos do absurdo, seguindo a lógica de Camus, ou, sendo influenciado por outros existencialistas, tal qual Sartre. O segundo tipo é o ateu rebeldinho. Este ateu não sabe nada de nada. Não sabe nada sobre qualquer religião, sobre filosofia, física, darwinismo ou qualquer outra coisa. Ele vê a Igreja Católica sendo uma entidade que vive pelo poder, desde que foi fundada (e transformada em religião oficial por Constantino), praticando toda sorte de absurdos ao longo de sua história, desde assassinatos, tortura e discriminação; vê a Igreja Evangélica com seus pastores milionários e suas doutrinas estranhas, cheia de falso puritanismo; ou os Islamistas e seus seguidores fanáticos, dispostos a matar ou morrer pela causa... e o que ele pensa? Pensa assim: "A religião é uma merda, logo, Deus não existe". Respeito o primeiro tipo de ateu, bem como suas convicções. O segundo tipo, pra mim, é igual o pior tipo de religioso: aqueles fanáticos que não conseguem viver em paz com o resto do mundo.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-20173110136336874452012-01-14T08:54:00.000-08:002012-01-15T05:39:06.896-08:00Estereótipos: o prazer absoluto dos ignorantes.Desde o surgimento da raça humana, nosso cérebro está condicionado a procurar padrões em tudo aquilo que observa.<br /><br />O processo é simples: Observamos coisas semelhantes, encontramos padrões e os definimos de forma generalizada. Os animais fazem isso o tempo todo, até mesmo como forma de sobrevivência.<br /><br />Sendo um dos animais mais medrosos, o <span class="st"><em>Homo sapiens</em></span> também procura padrões em tudo, generaliza e utiliza esse conhecimento (que nem sempre é empírico) como forma de defesa. Então, surgem os ESTEREÓTIPOS.<br /><br />TOP 10 -<br /><br />1 - Todo político é ladrão.<br />2 - Todo musculoso é burro.<br />3 - Todo tatuado é maloqueiro.<br />4 - Todo padre é pedófilo.<br />5 - Todo pastor é ladrão.<br />6 - Todo cabelereiro é homossexual.<br />7 - Toda funkeiro é devasso.<br />8 - Todo homossexual é promíscuo.<br />9 - Todos que usam óculos são nerds.<br />10 - Todo espanhol é teimoso.<br /><br />As generalizações possuem a sua razão de ser, pois, conforme supracitado, antes do estereótipo sempre há um padrão inicial. Por exemplo: são frequentes os casos de corrupção no Congresso Nacional, logo, o generalizador não perde tempo em alegar que todos os políticos são ladrões.<br /><br />É óbvio que até mesmo o generalizador prevê que há algumas exceções, embora não se importe em ignorá-las ao lançar suas assertivas.<br /><br />Entretanto, padrões são volúveis, isto é, mudam facilmente conforme a sociedade evolui e quebra paradigmas consolidados por antepassados.<br /><br />Houve um tempo em que era constrangedor ficar perto de alguém tatuado. Hoje, quase metade das pessoas já possui ao menos uma tatuagem. Antigamente, "nerd" era um dos piores xingamentos que poderia existir. Siginificava que o ofendido era um feioso de óculos, que não sabia falar e viver em grupo, que apanhava de todos e nunca tinha uma namorada. Hoje, está na moda ser "nerd". A palavra ganhou um ar de "cult", inteligência e até elegância.<br /><br />O generalizador arrisca-se a "queimar a língua" a todo momento. O que hoje é um padrão que leva a uma conclusão negativa, amanhã pode carregar um significado totalmente diferente.<br /><br />As igrejas, embora afirmem categoricamente que "Deus não muda", de tempos em tempos mudam seus julgamentos e sua maneira de tratar os padrões.<br />Os sacerdotes queimavam e enforcavam as "bruxas" e os "infiéis"; organizavam cruzadas sangrentas ao oriente, matando e saqueando os mulçumanos; vendiam indulgências (terrenos no céu); enfim, praticavam atos e mais atos que hoje condenam de forma absoluta. Antes de haver a noção de Direitos Humanos, a igreja era outra.<br /><br />Hodiernamente, a "santa igreja" ainda é contrária ao uso de preservativos, amanhã, provavelmente essa mentalidade mudará.<br /><br />Além disso, qualquer um pode cair em um estereótipo e ser julgado pelos generalizadores.<br /><br />Plagiando Drummond, vamos à "Quadrilha dos Estereótipos":<br /><br />A dona de casa diz que os tatuados são malandros;<br />os tatuados acham que os políticos são ladrões;<br />os políticos acham que os homossexuais são promíscuos;<br />e os homossexuais acham que os padres são pedófilos.<br /><br />Os padres acham que os pastores são ladrões;<br />os pastores acham que os funkeiros são devassos;<br />os funkeiros acham que os musculosos são burros;<br />e os musculosos acham que os de óculos são nerds;<br /><br />Os nerds acham que garotas são fúteis;<br />as garotas acham que os pais são ciumentos;<br />os pais acham que donas de casa são vagabundas.<br /><br />Se você não caiu em nenhum desses esteriótipos, não se preocupe, existem milhões.<br /><br />Enquanto houver padrão:<br /><br />Ainda que exista gente bem intencionada no Congresso; político será ladrão.<br /><br />Ainda que o musculoso gaste apenas 1 hora por dia na academia e 4 horas por dia estudando e lendo os clássicos da filosofia e literatura; musculoso é burro.<br /><br />Mesmo que padres ajudem pessoas a saírem das drogas; padre é pedófilo.<br /><br />Ainda que haja o pastor caridoso, que alimenta o faminto; pastor é ladrão.<br /><br />Embora nerds namorem e tenham amigos; nerd é antisocial.<br /><br />Ainda que o tatuado seja médico no Albert Eisten; tatuado é maloqueiro.<br /><br />Não importam os argumentos, o raciocínio lógico ou as exceções; sempre haverá o olhar medroso e ignorante do generalizador, para reduzir qualquer coisa há um padrão fixo e invariável.<br /><br />Que Sartre, Kierkgaard e todos os existencialistas se revirem em suas tumbas.<br /><br />Não faz diferença.<br /><br />O medo e a ignorância conduz o tolo ao estereótipo.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-46119510975720519962011-10-16T10:34:00.000-07:002011-10-16T11:30:48.353-07:00Religiões<span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{">Cada vez mais eu tenho a certeza de que as religiões são fundamentalmente consolidadas por pura tradição.</span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{">95% dos religiosos que conheço, inclusive os mais fanáticos, seguem crendo no que creêm porque seus pais criam assim, porque alguém os convenceu de que é a melhor crença ou porque tal crença provocou-lhes alguma mudança superficial, tal qual parar de beber ou fumar. </span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{">Eles conhecem a "verdade", se<span class="text_exposed_show">m jamais terem conhecido a "mentira", isto é, tomam para si como verdade única seu pacote de dogmas sem jamais deixar em aberto a possibilidade da crença do outro ser a "verdade". Passam a vida toda acreditando em pressupostos que não podem defender, por não pesquisarem suas origens.</span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show"></span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show">Seguem ritos que não entendem, ensinam o que jamais estudaram, lêem sem a menor noção de hermenêutica, não situam o texto dentro do contexto em que foi utilizado há milhares de anos, mas têm certeza de que é a VERDADE. "Eu ensino a verdade para os que conhecem a mentira", típico papo de religioso prepotente, cuja mente é tão ínfima que é incapaz de se perguntar: "será mesmo que estou certo? Será que não há verdade do outro lado"?</span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show"></span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show">A religião, do latim religare (religar o homem ao divino), tem servido para afastar os homens, criar guerras, desfazer famílias e causar a discórdia.</span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show"></span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show">Acredito em Deus, mas, tenho certeza que um mundo povoado por ateus seria um lugar melhor para se viver.</span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show"></span></span><br /><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" ft="'{"><span class="text_exposed_show">E tenho dito.</span></span>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-18923926743061298762011-10-02T09:38:00.000-07:002011-10-02T11:13:31.926-07:00Rock in Rio 24/09/2011 e 25/09/2011<a href="http://4.bp.blogspot.com/-MQuVAxXbJsc/ToiT7Re8cQI/AAAAAAAAAGo/2POde3z_rGg/s1600/rock-in-rio-.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 317px; FLOAT: left; HEIGHT: 247px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5658935578305786114" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-MQuVAxXbJsc/ToiT7Re8cQI/AAAAAAAAAGo/2POde3z_rGg/s320/rock-in-rio-.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Estamos chegando ao fim do maior festival de música do mundo.<br /><br />A mídia já esgotou os temas relacionados ao Rock in Rio, mas, pretendo aqui dar as minhas impressões, adquiridas nos dias 24 e 25, quando estive no festival.<br /><br />No dia 24 fui para assistir principalmente os shows do Stone Sour e Red Hot Chilli Peppers.<br /><br />A organização para entrar foi bem confusa. Havia uma fila gigante (mais de 3 km), sendo que lá na frente não havia fila, posto que esta se tornava um amontoado de gente em frente os portões de entrada.<br /><br />Mas, muitos, como eu, chegando e vendo a fila gigante, foram logo para o final dela, demorando uma eternidade para entrar na Cidade do Rock.<br /><br />Já no interior da Cidade do Rock a organização era maior. Haviam muitos lugares para se comer, diversas atrações (dois palcos, rock street, roda gigante, montanha russa, tirolesa, stands de marcas, lojas com jogos e outras diversões etc) de modo a dispersar a grande multidão.<br /><br />Havia fila para qualquer coisa (exceto para os banheiros, que eram muito grandes, além de serem vários). Os fast-foods ficavam abarrotados de gente, bem como as lojas e filas para os brinquedos.<br /><br />Mas, obviamente, onde havia a maior concentração de gente eram nos palcos Sunset e Mundo.<br /><br />Nesse dia não assisti a nenhum show do palco Sunset, pois não havia nenhum que me agradasse.<br /><br />No Palco Mundo, a abertura foi de NX Zero. Eles, merecidamente, foram vaiados da primeira à última música. Mas, quem deveria ser vaiada é a administração do Rock in Rio, por colocar essa bandinha emo para tocar no mesmo dia de Stone Sour e Red Hot Chilli Peppers. Deveriam tocar no dia Pop.<br /><br />O show do Stone Sour foi o melhor da noite, com muita agitação do público. Mas, o Red Hot também não decepcionou. Tocaram os clássicos e sacudiram multidão.<br /><br />NX Zero é música para "adolescentes hipersensíveis". Também não gosto de Capital Inicial, muito menos de Snow Patrol, que deveria se chamar Slow Patrol, devido à sua lerdeza... os bocejos dominaram este show. Dia 24/09 também valeu apena para conhecer a Cidade do Rock, pois, no dia seguinte, eu sabia que ficaria o tempo todo nos shows.<br /><br />Fiquei impessionado com a organização para a saída da Cidade do Rock. Haviam 300 ônibus à disposição do público, saindo para o terminal Alvorada e o Via Parque, o que tornou a evacuacão da Cidade do Rock rápida e tranquila.<br /><br />No dia 25/09, o mais esperado pra mim, eu já estava vacinado, portanto, não fiquei naquela fila gigante. Cheguei e fui logo pra frente, no amontoado de gente. Foi a melhor coisa que fiz, pois entrei bem cedo na Cidade do Rock e assisti o show do Matanza por completo.<br /><br />O primeiro show foi o do Matanza, às 14:40 e, "pra variar", foi um belo show. A galera, ainda cheia de energia, fez "bate cabeça" do começo ao fim do show.<br /><br />Depois veio o show do Korzus, metal pesado e nacional de muita qualidade, além das participações especiais, inclusive de João Gordo. Foi o show de maior loucura no Palco Sunset. O povo foi ao delírio quando o vocalista mandou todos os que estavam à direita correrem para a esquerda e vice-versa, transformando o público em um "bate-cabeça" generalizado.<br /><br />O terceiro show foi o do Angra, com a participação de Tarja Turunen. O show foi muito bom, eu estava na grade, mas, infelizmente o som estava péssimo. O microfone utilizado pelo Edu era um lixo, o público reclamou, Tarja reclamou, mas fizeram o show inteiro com aquela qualidade ridicula.<br />Ainda sim, foi muito interessante ver a Tarja cantando Whutering Heights e Phantom Of The Opera, com o Edu Falaschi.<br /><br />Abri mão de ver o show do Sepultura (que gosto muito) para me preparar e pegar um bom lugar no Palco Mundo, para os shows que viriam logo em seguida.<br /><br />Quem abriu os shows no Palco Mundo foi a banda Gloria. Outro erro crasso da organização do Rock in Rio.<br />Gloria é uma banda meio emo, meio hardcore, difícil de definir... Com um vocal gutural (que chega a esboçar um pouco de peso) e um outro vocal tipicamente emo (aquele vocal chorado, que canta letras de auto-ajuda, tipo: "as coisas vão se resolver"), Gloria faz uma combinação ridicula entre peso e excesso de sentimentalismo barato.<br /><br />Obviamente, foram vaiados durante todo o show, exceto quando tocaram 2 músicas do Pantera. Foi até boa a tentativa de tocar cover de uma banda clássica para ganhar a simpatia do público, mas, assim que retornaram às músicas próprias, as vaias voltaram com força total.<br /><br />É impressionante que os organizadores do evento não tenham aprendido com o episódio Carlinhos Brown.<br /><br />O segundo show do Palco Mundo foi o da banda Coheed and Cambria. Eu havia visto uns vídeos da banda no Youtube, pelo fato de um amigo gostar da banda e ter me indicado.<br />Na época, não gostei nada, principalmente pelo vocalista, que tem uma voz esquisitinha demais. Mas, confesso que me surpreendi com o show deles.<br />Os músicos são ótimos, a banda fica muito mais pesada ao vivo e algumas músicas são muito boas, como In Keeping Secrets of Silent Earth:3.<br />Quando tocaram The Trooper, do Iron Maiden, a multidão foi ao delírio.<br /><br />Depois veio o show do Motorhead, um clássico do rock/metal. Na hora em que começou o show, o pessoal que estava assistindo o show do Sepultura (que havia acabado naquele instante) correu para o Palco Mundo, buscando um lugar - à força, é óbvio. A empolgação tomou conta de todos e começou o maior empura-empurra e as maiores rodas de bate-cabeça que eu já vi!<br />No momento em que começaram a tocar Ace of Spades, sobrou pra todo mundo. Eram "socos" e cotovelos pra todo lado. Pessoas caíam, outras passavam mal, mas ali era cada um por si e a porrada "comia solta". Os mais fracos iam para trás e deixavam os mais fortes se matarem lá na frente, perto da grade.<br /><br />O quarto show do grande palco foi dos mascarados do Slipknot. Grande parte do público aguardava esse show mais do que qualquer outro e, convenhamos, na hora do show foi fácil descobrir o porquê. O vocalista Corey Taylor já havia mostrado na noite anterior (ele também é vocalista do Stone Sour) como se agita uma platéia, mas com o Slipknot ele se torna "diabólico".<br />Houve de tudo: pirotecnia, membro da banda se jogando ao público, cem mil pessoas ajoelhadas aguardando a ordem do vocalista para que todos pulassem e muito "bate-cabeça".<br />Não sou muito fã dessa nova vertente do metal, representada pelo Slipknot, mas tenho que admitir que foi um dos melhores show da minha vida. Sensacional! Só não digo que foi o melhor da noite porque ainda estavam por vir "Os Deuses do Metal"!<br /><br />Então chegou a grande hora. Ecstasy of Gold já tocava suavemente e todos já sabíamos, METALLICA estava chegando, a maior banda de metal do PLANETA!<br /><br />O show foi perfeito. Abriram com Creeping Death e no decorrer do show surpreendiam a platéia com clássicos e mais clássicos. Estiveram no Set List os clássicos Master of Puppets, One, Sad But True, Enter Sandman, Seek And Destroy, Blackened; as baladas Nothing Else Matters e Fade to Black, os solos do mestre Kirk Hammet e do Trujillo, tocaram até a rara Orion, além de músicas novas como Cyanide e All Nightmare Long e muitas outras.<br /><br />Foram mais de 2 horas de show, pra mostrar que os cinquentões do metal ainda estão inteiros para presentear o público com muito metal de altíssima qualidade.<br /><br />Para mim, o Rock in Rio foi um ótimo festival, bem organizado, com bastante segurança e ótimas bandas, principalmente no dia 25/09/2011...<br /><br />... um dia para os metaleiros jamais esquecerem!Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-62162972800248237042011-08-23T18:00:00.000-07:002011-08-23T14:38:14.679-07:00True Blood<a href="http://3.bp.blogspot.com/-qwlEVN1EDVU/TlQagp42cEI/AAAAAAAAAGY/wfzRk0p4d4g/s1600/true-blood-true-blood-7167238-1280-10242.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 256px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5644165381304512578" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-qwlEVN1EDVU/TlQagp42cEI/AAAAAAAAAGY/wfzRk0p4d4g/s320/true-blood-true-blood-7167238-1280-10242.jpg" /></a>
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<br />Depois de alguma resistência, estou assistindo True Blood.
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<br />A série está em sua quarta temporada e retrata a vida da garçonete Sookie, uma telepata que acaba conhecendo um vampiro e, por conta disso, vive algumas tragédias e aventuras.
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<br />Após a invenção de um tipo de sangue sintético, chamado True Blood, houve a "Grande Revelação", em que os vampiros se mostraram à humanidade, demonstrando a possibilidade de conviver com a mesma, já que não precisam mais se alimentar dos humanos.
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<br />Então, de volta à sociedade, os vampiros brigam por seus direitos civis, já que pagam impostos e exercem sua cidadania.
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<br />A série é baseada nos livros da Charlaine Harris e adaptada pelo premiadíssimo Allan Ball, roteirista do filme "Beleza Americana".
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<br />Fica muito clara a influência de escritores como Anne Rice e, principalmente, dos livros de RPG da editora White-Wolf, principalmente Vampiro: A Máscara.
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<br />A decadência dos vampiros, a maldição desta existência fúnebre, o niilismo, os jogos de poder, a rivalidade com outras criaturas sobrenaturais, entre outras, são as semelhanças com os livros da White-Wolf.
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<br />Nesta série, andando contra a maré, não se vê um romance adolescente, vampiros que vão à escola ou brilham no Sol, mas, muito pelo contrário, há sangue em abundância, muitas cenas de sexo, discussões contemporâneas (drogas e fanatismo religioso), violência e muito mistério.
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<br />O que mais me encanta, em True Blood, é a forma como o Allan Ball - polêmico por natureza - demonstra a face da religião que os fanáticos não conseguem enxergar: a acepção de pessoas, a camuflada incitação à violência contra os diferentes, os artifícios utilizados para enganar, os falsos exorcismos, os interesses ocultos, a falta de ética etc.
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<br />O caso do exorcismo, em particular, é bem interessante. Na série, uma falsa curandeira faz um ritual bem elaborado e "exorciza" o demônio de uma senhora alcóolatra, que dizia que não era ela que bebia, mas o demônio que bebia por ela.
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<br />De fato, ela foi "curada", mas, pouco depois, foi descoberto, por terceiros, que a curandeira era uma fraude.
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<br />Essa psicologia da religião, tão bem retratada por Jung, é o que o roteirista Allan Ball tem expressado tão bem neste seriado.
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<br />É muito mais fácil colocar a culpa em uma entidade invisível do que admitir que nós mesmos somos fracos, maldosos, perversos, egoístas e doentes.
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<br />É mais fácil acreditar que um demônio nos possui e procurar uma ajuda "mágica" que, após realizada, faz com que <span style="FONT-WEIGHT: bold">sumam todos os nossos problemas, </span>do que admitir as nossas falhas e lutar com perseverança e racionalidade pela nossa evolução<span style="FONT-WEIGHT: bold">.</span> Entretanto, sabemos que essa empolgação dura apenas alguns meses.
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<br />No fim, somos apenas quem somos.
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<br />Para os que gostam de mistério, horror sobrenatural e detestam esses vampirinhos emos que as adolescentes amam, recomendo True Blood.
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<br />Depois de Drácula, de Bram Stoker; das Cronicas Vampirescas, de Anne Rice; e dos livros da White-Wolf, esta série é a primeira obra do gênero a me surpreender em 10 anos.
<br />Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-24215325126009620452011-07-28T08:11:00.000-07:002011-07-28T19:52:40.666-07:00Entre a cruz e a espada, entre a extorsão e a liberdade.A Constituição Federal de 1988 assegura o livre direito ao culto e à liberdade religiosa.<br /><br />Entretanto, um direito não deve esbarrar em outro de maneira nenhuma e, caso haja este conflito, é necessária uma discussão profunda para que as dúvidas sejam dirimidas e soluções sejam encontradas.<br /><br />Por exemplo: Um cidadão pode ser satanista, graças à liberdade religiosa; entretanto, não pode sacrificar uma criança em adoração ao diabo, pois esbarraria no direito à vida, cometendo o crime de homicídio, tipificado no Código Penal.<br /><br />Assim, vemos com certa naturalidade a proibição do ato de matar alguem, em prol da religião.<br /><br />E a proibição de extorquir alguém?<br /><br />Nas madrugadas televisivas o que vemos é extorsão atrás de extorsão. E não há outra palavra para definir o que ocorre na maior parte dos cultos evangélicos.<br /><br />Senhores, entendam o que digo.<br /><br />Há o direito de se pregar o tão apreciado "dízimo", tal qual cobram também os católicos em programas como o da Canção Nova. O que precisa ficar claro é que os cultos evangélicos transmitidos pela TV vão muito além!<br /><br />O que se vê são pastores EXIGINDO (o verbo é este!) um "sacrifício" de seus incautos fiéis, para que estes "alcancem a vitória" ou fujam do Inimigo.<br /><br />Além de cumprir a LEI da religião que seguem, estes fiéis necessitam fazer um sacrifício maior, para que não sucumbam ao Diabo.<br /><br />É claro que os senhores podem dizer: "Para que configure o tipo penal extorsão é necessário que haja o emprego de violência ou grave ameaça, de forma que é mais cabível falarmos em ESTELIONATO".<br /><br />Ok. Realmente, o ato de enganar fiéis está mais próximo do estelionato, cujo tipo penal prevê "induzir alguém a erro para obtenção de vantagem ilícita".<br /><br />Entretanto, hoje, é quase impossível enquadrar um pastor como sujeito ativo do crime de estelionato.<br /><br />A fé é algo subjetivo, então como podemos provar que ele induziu o fiel ao "erro"? Trata-se de fé.<br /><br />Como podemos provar, no campo do Direito, que Deus realmente não quer que a pessoa venda tudo o que tem pra dar para a igreja? É impossível.<br /><br />Entretanto, muitas vezes vemos o caráter da "grave ameaça"!<br /><br />Frases comuns entre pastores:<br /><br />"Você tem que oferecer o sacrifício para que o ladrão (diabo) não roube tudo o que você tem"<br /><br />"Se você não oferecer o sacrifício, nada dará certo na sua vida. Deus não te abençoará".<br /><br />"Se você ficar retendo os seus bens, Mamon (demônio) levará tudo o que você tem".<br /><br />Para mim e para você isso pode parecer piada e não passa nem perto de uma "grave ameaça". Se alguém mandar eu doar meus bens para que o diabo não roube minha alma, eu passarei dez minutos rindo.<br /><br />Mas, não estamos falando meramente do "homem médio".<br /><br />Aqui, falamos de gente coagida pela religião, muitas vezes desde a infância; gente que acredita que o diabo pode arrancar até o seu último fio de cabelo... Falamos de pessoas que vivem sonhando acordadas com o céu, para fugir da realidade maçante do dia a dia e morrem de medo do inferno.<br /><br />Aqui, tratamos como vítimas pessoas simples, cuja culpa (tão alimentada e encorajada pela igreja) já alcançou um patamar que nem a psicanálise consegue curar.<br /><br />Agora, senhores, me digam se não há "grave ameaça".<br /><br />Se a resposta for "sim", precisamos começar a discutir com mais ênfase esta suposta "liberdade religiosa", para que ela não seja uma simples licença para a prática da extorsão, ou ainda, uma discriminante putativa dos "pobres" pastores que "não sabem que isso é extorsao".<br /><br />O clichê é cada dia mais recorrente.<br /><br />Lobos em pele de cordeiros.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-18836253988642990222011-07-07T18:42:00.000-07:002011-07-07T18:56:31.623-07:00Com-puta-dores e minha puta raiva deles.<div class="mbl notesBlogText clearfix"><br /><p>Eu estava irritado com a recente lerdeza do meu notebook e comecei a me lembrar de toda a saga da minha vida eletrônica, que me gerou esse ódio de computadores. </p><br /><p>Nos primórdios da humanidade, por volta de 1996 e 1997, eu tive um 286 ou 386 (nem lembro ao certo), com Windows 95, que a "tia" da computação da escola me deu pra que eu pudesse zuar, montando e desmontando mil vezes, porque ela já tinha o PODEROSO 486 (com a tela COLORIDA)! A tela do 286 (ou 386) era esverdeada e a diversão era fuçar no DOS, abri-lo pra fuçar dentro (no hardware) e jogar Carmem San Diego. </p><br /><p>Depois tive um Celeron (por volta de 1997 ou 1998), em que eu acessava a internet pela AOL, UOL e os outros provedores que davam cds com 1 mês de acesso gratuito, pois ainda não existia IG. Ah, como era "rápida" a net discada, os sites cheios de gifs animados (eu colecionava os gifs do Dragon Ball) e os jogos no emulador de gameboy (pokemon de tudo quanto era cor, red, blue, yellow etc).</p><br /><p>Depois tive o maravilhoso AMD K6 550, uma máquina de causar ódio ao mais evoluído ser humano. No primeiro ano dava pro gasto, no segundo já existia 200 processadores melhores e não rodava nem CS!!!! </p><br /><p>Depois vieram outros, os Pentium da vida, mas essa já foi uma fase em que eu estava cagando 3 kilos pros computadores. Já havia me decepcionado com essas pedras falantes.</p><br /><p>Agora, estou aqui no note AMD Turion Dual-Core 2.10 Ghz, 4 GB de memória, placa 3D ATI Randeon HD 3200 e já é uma BOSTA - tudo bem que já faz 2 anos que comprei - cuja velocidade não é mais a mesma. Conclusão: Não adianta qual computador você compre ou o preço que você pague, em poucos meses ele será sucata de japonês.</p><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div class="mbl notesBlogText clearfix"></div></div>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-46515774778917383022011-06-19T11:54:00.000-07:002011-06-27T06:28:30.876-07:00Buenos Aires: Minhas impressões.Cheguei ontem de Buenos Aires. Para embarcar foi uma tribulação, por conta do vulcão, mas, graças a Deus deu tudo certo.<br /><br />O meu voo era 10:40 do dia 14, mas consegui embarcar às 20:00. As informações de cancelamento vinham de todos os lados, mas eu tive fé e esperei o dia inteiro que houvesse algum voo. A GOL teve avião decolando 14:30, mas a TAM (que era a minha empresa) dizia que estavam todos cancelados, mas, graças a Deus, à noite finalmente saiu o voo.<br /><br />O duro era aguentar a torcida do Santos lá no aeroporto gritando o tempo todo. Principalmente quando apareceu por lá o Dentinho com a Samambaia e depois o Caio do Globo Esporte (ex jogador do São Paulo)<br /><br />Peguei o avião (de volta) às 18:10 do dia 17.<br /><br />A viagem foi maravilhosa e não tinha como ser diferente. Gosto de tudo o que tem na Argentina. Gosto de frio, churrasco, futebol argentino, tango, arquitetura neclássica, enfim, foi muito bom.<br /><br />Assisti a um tango no Café Tortoni, o café de 150 anos em que figuras como Gardel, Sartre e, mais recentemente, Hilary Clinton estiveram presentes.<br />Fui aos jardins em Palermo (Botânico e Japonês), conheci o Teatro Colon, os pontos turisticos do centro (casa rosada etc, meu hotel ficava ao lado do obelisco), conheci o estádio do Boca Juniors... fizemos compras (não onde os turistas compram, na rua Florida, mas onde os argentinos compram...) nos outlets da av. córdoba, rua Aguirre etc, passeamos pelos bairros, cemitério da Recoleta, Hard Rock Cafe... Enfim, valeu muito a pena.<br /><br />O frio era terrível e maravilhoso! A arquitetura belíssima, assim como as árvores em estilo europeu. O tango que assisti foi lindíssimo, comprei o cd e o dvd por lá.<br /><br />Um peso está valendo 0,40 centavos, então foi muito vantajoso para compras. Comprei camisa do boca, jaqueta do boca, jaqueta de couro, perfume e muitas lembraças, tudo muito barato.<br /><br />O jardim japonês, que foi feito em homenagem à visita de um príncipe do Japao a Buenos Aires, é belíssimo.<br /><br />Mas, obviamente, os lugares em que mais me diverti foram no La Bambonera (estádio do Boca) e o cemitério da Recoleta, onde Evita está enterrada. É um museu a céu aberto.<br /><br />Também fiquei encantado com o povo argentino.<br /><br />Sempre nos ajudavam com muita simpatia, falando devagar de forma que pudéssemos entender. Se bem que, no final de viagem, eu já falava de futebol quase fluentemente com os taxistas rsrs. E, ao contrário do que muitos falam, eles respeitam o Brasil e admiram! Na maioria das lojas da Nike - na vitrine da loja - o que mais se vê são camisetas do Brasil.<br /><br />Que povo culto, gentil, solícito e simpático!!!<br /><br />Buenos Aires é conhecida como a Capital Mundial do Livro.<br /><br />É uma pena que um país de gente tão fascinante seja tão atrasado economicamente. É uma prova de que, infelizmente, cultura não leva ninguém a lugar nenhum.<br /><br />Vi um garoto (muito pobre) que vendia bugigangas na rua lendo o seu livro entre uma abordagem e outra ao clientes.<br /><br />Fantástico! Enquanto, no Brasil, conheço gente chefiando determinada empresa multinacional e ganhando uma fortuna sem NUNCA ter lido UM livro, na Argentina até vendedor de bugiganga tem o costume de ler.<br /><br />Também são muito politizados. Enquanto aqui no Brasil os "manos" pixam os nomes de suas gangues, na Argentina todas as pixações fazem menção a algum "grupo estudantil". Os estudantes são politicamente ativos e protestantes. Em frente a Casa Rosada há muitos protestos requerendo atenção especial aos soldados que defenderam a Argentina nas guerras (não chequei a ler todas as faixas, mas, imagino que seja pela Guerra das Malvinas, em que foram massacrados pelos ingleses).<br /><br />Outra coisa que me deixou intrigado é que o argentino ama muito mais a seleção do país do que o seu time do coração. Vi pouca gente com a camisa do Boca ou do River, mas muuuuuuuuuita, muita, muita gente com a camisa ou jaqueta da seleção argentina. Nas lojas também predominam as camisetas da seleção, bem como nas bancas predominam as revistas e jornais falando da seleção.<br /><br />A cidade respira cultura. Em cada esquina tem um teatro com filas cheias, cinemas, tangos, uma infinidade de "cafés", livrarias imensas que não tem fim e muitas, muitas, muuuitas estátuas belíssimas. A cidade é bem condensada e, portanto, é fácil andar o centro todo a pé. É muito mais segura do que as capitais brasileiras e muito limpa!<br /><br />A comida também é fantástica. O famoso "bife de chorizo" é um contra filé gigantesto servido com "papa frita" (batata frita). O tempero é diferente e o corte da carne é o mais interessante. Os alfajores Havanna, o "helado" (sorvete) e o "dulce de leche" (doce de leite) também são fantásticos.<br /><br />Enfim, foi uma viagem inesquecível!<br /><br />Escrevo ouvindo um dos cds de tango que comprei em BA:<br /><br />"Camerata Porteña, com a participação de José Ángel Trelles. Uma interpretação do Astor Piazzolla."<br /><br /><br /><br />Genial!Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-7609568863849803632011-06-02T11:10:00.000-07:002011-06-02T11:14:08.120-07:00Caridade pra mim é:Qualquer manifestação de arte, bem como os produtos da genialidade, são, na verdade, caridades universais para um mundo caído e carente de qualquer atividade que sobrepuje o lamaçal de mediocridade em que chafurdamos nossas frontes.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-7890675458454263392011-05-27T05:25:00.000-07:002011-06-19T12:14:33.931-07:00Meu Brasil brasileiro...<div class="para">Enquanto o país se preocupa com a "lei de viadagem" que não fede nem cheira, só dá o direito do viado exercer sua viadagem em paz, a presidentA sanciona a lei 12.403/2011 que praticamente vai acabar com a prisão preventiva. Enquanto vc tá preocupado com a viadagem, se um cara tentar ASSASSINAR a sua MÃE QUEIMADA (tentativa de homicídio qualificado) esse fdp não ficará preso após o flagrante, só depois que transitar em julgado a sentença condenatória, isto é, anos e anos depois.<br /><br />Com a vigência da norma, a prisão estará praticamente inviabilizada no país<br /><br />O projeto aprovado no Congresso Nacional também prevê o descabimento da prisão nos crimes tentados de homicídio, ainda que qualificado; infanticídio; aborto provocado por terceiro; lesão corporal seguida de morte; furto qualificado; roubo; extorsão; apropriação indébita, inclusive previdenciária; estupro; peculato; corrupção passiva, advocacia administrativa e concussão; corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Também estariam afastados da prisão os autores de crimes ambientais e de colarinho branco - sejam consumados ou tentados - e ainda parte dos crimes previstos na Lei de Drogas, inclusive os casos de fabricação, utilização, transporte e venda tentados.<br /><br />Enfim, se a situação já era ruim, agora ficará caótica.<br /><br />Acostume-se a ver o cara que espancou seu parente até a morte na rua, ou, tome um sorvete ao lado do cara que roubou (mediante VIOLENCIA OU GRAVE AMEAÇA) sua mulher, enfiando uma arma na testa dela...<br /><br />É foda. </div>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-81999108033016019772011-04-14T13:53:00.000-07:002011-04-14T13:56:43.356-07:00Nós, homens, amamos a violência. Amamos a guerra (com a desculpa de buscar a paz), as armas brancas, armas de fogos, lutas, esportes violentos, filmes de terror e tudo o que seja capaz de tirar o sangue alheio. A violência está no coração do homem, não há como negar. E, não raro, falamos que as mulheres são fúteis e menos evoluídas. Não sei qual o nosso conceito de evolução, apenas sei que somos o que somos.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-33967804026898171252011-02-15T18:28:00.001-08:002011-02-15T18:28:40.686-08:00Spleen<span class="messageBody">Todos se sentem diferentes. </span><br /><span class="messageBody"></span><br /><span class="messageBody">Não conheço um ser humano que se acha "igual" aos outros. </span><br /><span class="messageBody"></span><br /><span class="messageBody">Todos se acham muito especiais e incompreendidos.</span><br /><span class="messageBody"></span><br /><span class="messageBody">Por isso que a merda da auto-ajuda lucra tanto.</span>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-28182415320526849982011-01-14T17:34:00.000-08:002011-01-14T18:22:25.998-08:00Nietzsche: uma aula sobre o Evangelho.Assim como qualquer pessoa, Nietzsche teve erros e acertos.<br /><br />Sabemos que ele odiava Paulo, achava que ele e os outros apóstolos perverteram o Evangelho com uma mensagem de ódio e vingança, em face da morte de Cristo.<br /><br />Nesse ponto, ele começa a se perder (talvez???)<br /><br />Entretanto, quero falar dos seus acertos.<br /><br />Vejamos o que fala de Cristo e do Cristianismo:<br /><br />(O Anticristo, capítulo XXXII)<br /><br />"Com alguma tolerância na expressão, poder-se-ia chamar a Jesus um "espírito livre", o que é concreto deixa-o indiferente: a palavra mata, tudo aquilo que é sólido mata. A idéia da "vida", como uma experiência, a única que ele conhece, opõe-se no seu ensino a toda espécie de palavra, de fórmula, de lei, de fé, de dogma. Fala unicamente das coisas interiores: "vida", ou "verdade", ou "luz", são as suas palavras para o universo interior - tudo o mais, toda a realidade, a natureza inteira, a própria linguagem, não tem para ele senão o valor de um sinal, de uma parábola".<br /><br />( O Anticristo, capítulo XXXIX)<br /><br />"Volto atrás, para relatar a verdadeira história do Cristianismo. A própria palavra "cristianismo" já é um equívoco - no fundo só existiu um cristão, e esse morreu na cruz. O "Evangelho" morreu na cruz (...) Nos nossos dias, uma vida semelhante ainda é possível e para alguns mesmo necessária: o cristianismo autêntico, o cristianismo primitivo será possível em todas as épocas... Não uma fé, mas uma <em>ação, </em>um não fazer certas coisas e, sobretudo, <em>um modo diferente de ser (...) </em>Reduzir o fato de se ser cristão, a vida cristã, a um fato de crença, a uma simples fenomenalidade de consciência, é o que pode se chamar negar o cristianismo (...) O "cristão", que de há dois mil anos até hoje é chamado cristão, não é outra coisa senão uma ilusão psicológica. Se o encararmos mais de perto, vemos que apesar da "fé", só reinavam nele os instintos - e que instintos! (...) Falou-se sempre de "fé", mas procedeu-se sempre por instinto (...) Mas não subestimemos o cristão: como é falso até a inocência, ultrapassa em muito o macaco - uma certa teoria das origens parece, quando aplicada aos cristãos, uma simples amabilidade..."<br /><br />-------------<br /><br />Dá pra discordar?<br /><br />Constantino fundou o cristianismo 400 anos depois de Cristo. O concílio de Nicéia, com seus interesses, definiu as bases do catolicismo. O maluco Lutero criou o protestantismo, que hoje se tornou uma espécie de auto-ajuda para os fracos e oprimidos, em busca do sucesso material.<br /><br />Cristo não é cristão e jamais suportaria passar 5 minutos dentro de qualquer igreja cristã existente nestes dias.<br /><br />Basta observar a história das religiões, observar seus símbolos e abrir os olhos, e pronto, você percebe que tudo não passa de um grande sincretismo entre judaísmo, paganismo e instintos megalomaníacos sacerdotais.<br /><br />Nietzsche ficou conhecido como o "homem que matou Deus", mas, na verdade, ele matou apenas o deus dos "cristãos".<br /><br />Por enquanto é só.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-21507195223915387702010-12-08T17:27:00.000-08:002010-12-08T17:53:31.711-08:00Tudo é vaidade.Passamos a vida elencando o que nos é importante e o que nos é insignificante.<br /><br />Então, tomamos por genial aquilo que gostamos e por infame o que não nos satisfaz.<br /><br />Nos achamos cultos em um mundo de medíocres...<br /><br />O fato é que tudo é vaidade e Salomão estava certo.<br /><br />Cultura é algo relativo. Tudo pode ser visto como cultura.<br /><br />E... no fim... tudo acaba, tudo passa.<br /><br />Nem o conhecimento fica.<br /><br />Todos seremos comida de vermes e desapareceremos.<br /><br />Voltaremos a ser o que éramos antes de nascer, diria Schopenhauer.<br /><br />Portanto, não há que se falar em superioridade de qualquer coisa sobre qualquer outra coisa, embora o façamos com frequência.<br /><br />Tudo passará... Tudo sucumbirá ao tempo.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-18594991641813112252010-09-19T20:50:00.000-07:002010-09-19T21:01:19.406-07:00São Paulo Futebol ClubePoucas coisas na vida me dão extrema alegria.<br /><br />Uma delas é meu time: São Paulo Futebol Clube.<br /><br />Acabei de voltar do cinema. Assisti "O Soberano".<br /><br />O time é o maior vencedor da Libertadores, Mundial e Brasileiro, os três maiores títulos que um clube brasileiro pode disputar.<br /><br />Eu costumo dizer que "as futilidades da vida maquiam a nossa fúnebre existência", e que futilidade mais fascinante é o futebol!<br /><br />Durante o filme, lembrei da minha infância, do meu pai, dos meus amigos, da minha história...<br /><br />Meu time está congênito em minha constituição. É incrível!<br /><br />O time de futebol é algo que carregamos para o túmulo!<br /><br />As pessoas morrem, namoros acabam, amizades são afastadas pela distância... tudo pode mudar, mas, daqui há 50 anos, se eu ainda estiver respirando, tenho certeza absoluta que ainda serei São Paulino.<br /><br />Isso é magnífico, pois, em um mundo onde não posso ter certeza de NADA, ainda sei que esse mesmo time me trará alegrias e tristezas até o final dos meus dias.<br /><br />E, provavelmente, continuarei sendo chamado de "o são paulino", na maioria dos lugares, como sou atualmente.<br /><br />"Como eu te amo tricolor, como eu te amo demais..."<br /><br />É algo inexplicável...<br /><br />Quando penso na possibilidade de ter um filho, só consigo imaginar um mulequinho com o uniforme inteiro do São Paulo, assim como imaginava meu avô e o meu pai.<br /><br />Engraçado... alguém tão racional quanto eu, pensar antes no time de futebol do filho, do que em fatores extremamente mais "relevantes".<br /><br />É isso aí.<br /><br />São Paulo Futebol Clube.<br /><br />6-3-3<br /><br />Um amor que sei que durará enquanto eu viver.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-27039052158171759492010-09-05T20:43:00.000-07:002010-09-05T20:55:56.432-07:00Um brinde a Nietzsche.Se eu ganhasse na Mega Sena, uma coisa que eu faria com absoluta certeza seria distribuir milhares ou milhões de exemplares de "O Anticristo" de Nietzsche a todos os fiéis de igrejas.<br /><br />Se possível, com o tempo que eu teria, eu faria uma interpretação simplificada para os menos eruditos.<br /><br />Em seu prólogo, Nietzsche declina:<br /><br />"Este livro destina-se aos homens mais raros. Talvez nem possa encontrar um único sequer que ainda esteja vivo. Estariam eles entre os que compreendem o meu Zaratustra. Como poderia eu misturar-me com aqueles a quem hoje se presta ouvidos? Só o futuro me pertence. Há homens que nascem póstumos.<br />(...)<br />Ouvidos novos para uma música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até hoje permaneceram mudas. E uma vontade de economia de grande estilo: reunir a sua própria força, o seu próprio entusiasmo... O respeito por si mesmo, o amor-próprio, a liberdade absoluta para consigo...<br />Muito bem, só esses são meus leitores, os meus verdadeiros leitores, os meusleitores predestinados: que importa o resto? O resto é somente a humanidade. É necessário ser superior à humanidade em força, em grandeza de alma - e em desprezo..."<br /><br />Friedrich Nietzsche.<br /><br /><br /><br />Ah, humanidade!<br /><br />Ah, humanidade!<br /><br />As vacas continuam a ser guiadas.<br /><br />De que adianta um Nietzsche em um mundo onde as "pegadas dos marinheiros valem mais do que os micos e cacatuas em uma ilha deserta", como profetizou Schopenhauer?Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-91789965250336016462010-08-25T17:40:00.000-07:002010-08-25T19:31:14.004-07:00Anne Rice - TrechosPara mim, a maior escritora ficção é, disparadamente, Anne Rice.<br /><br />Já li muitos livros de ficção, mas nada se compara à criatividade, ao poder de descrição, argumentação e beleza literária que essa lady consegue imprimir em seus textos.<br /><br />Anne Rice queria escrever sobre um ser proscrito, que fosse banido da sociedade, por esta razão escolheu os vampiros para serem o cerne de suas obras.<br /><br />Entretanto, seus vampiros não se parecem em nada com o Drácula, de Bram Stoker; com vampirinhos insossos que estão na moda ou qualquer vampiro de filmes que existem aos milhares.<br /><br />Seus personagens são profundos, filosóficos, completamente diferentes e predominantemente niilistas. E o primeiro livro, Entrevista com o Vampiro, de 1975, com a tradução de Clarice Lispector, é algo que classifico como genial!<br /><br />Anne, Niezsche diria sobre você: Ela entendeu tudo!<br /><br />Alguns trechos que me lembro neste instante:<br /><br />(Lestat, sobre a música de Nicolas de Lenfent, O Vampiro Lestat):<br /><br />"As longas notas vibrantes, os glissandos cortantes e o violino se expressando em sua própria linguagem, fazendo com que todas as outras formas de discurso parecessem falsas. No entanto, à medida que a música se aprofundava, tornava-se a própria essência do desespero, como se sua beleza fosse uma terrível coincidência, algo grotesco sem nenhuma partícula de verdade. (...) Estaria criando deliberadamente aquelas notas longas, puras e transparentes para dizer que a beleza não significava nada porque vinha do desespero dentro dele e que afinal não tinha nada a ver com o desespero, porque o desespero não era belo e então a beleza não passava de uma horrível ironia?"<br /><br /><br />(Marius para Akasha, A Rainha dos Condenados)<br /><br />"— Olhe para a floresta lá fora — ele pediu, apontando para a parede de vidro. — Escolha uma árvore. Descreva-a, se quiser, em termos daquilo que ela destrói, daquilo que ela desafia, daquilo que ela não consegue fazer, e terá um monstro de raízes gulosas e ímpeto irresistível que devora a luz das outras plantas, seus nutrientes, seu ar. Mas esta não é a verdade da árvore. Esta não é a verdade inteira, quando ela é vista como uma parte da natureza; e quando falo em natureza não me refiro a algo sagrado; refiro-me apenas ao quadro completo, Akasha. A coisa maior, que abarca tudo isso."<br /><br />(Lestat, O Vampiro Lestat)<br />"Eu sou a Morte Cavalheiresca vestida de seda e rendas, que veio para apagar as velas. O cancro no coração da rosa."<br /><br /><br />(Louis, Entrevista com o Vampiro).<br /><br />"- Deus não vivia naquela igreja. As estátuas transmitiam a imagem do nada. Eu era o sobrenatural naquela catedral. Era aúnica coisa imortal que jazia consciente sob seu teto! Solidão. Solidão até a loucura. Em minha visão, a catedral estremecia. Os santos balançavam e caíam. Ratos comiam a Santa Eucaristia e se aninhavam nas vigas. Um rato solitário com uma enorme cauda continuou roendo a toalha podre do altar até o candelabro cair e rolar pelas pedras cheias de limo. E eu continuei de pé. Intocado. Imortal. Agarrando subitamente a mão de tinta da Virgem e vendo-a quebrar-se em minha palma, esfarelada por meus dedos."<br /><br />(Lestat e Louis, A Rainha dos Condenados).<br />"A amargura voltou, e uma grande tristeza letárgica que ameaçava varrer minha pequena vitória. Mas eu não permitiria. A noite era linda demais. E o sermão de Louis estava ficando cada vez mais veemente e hilariante.<br />— Você é um demônio perfeito, Lestat! — ele vociferava. — Ê o que você é! Você é o próprio diabo! — É, sei disso — respondi, adorando olhar para ele, ver a raiva enchendo-o assim de vida. — E adoro ouvir você dizer isto, Louis. Preciso ouvir você dizer isto. Acho que ninguém jamais dirá isto como você. Vamos, diga de novo. Sou um demônio perfeito. Diga-me como sou mau. Isto me faz tão bem!"<br /><br />(Lestat e Louis, Entrevista com o Vampiro).<br /><br />"Então Lestat chegou, cantarolando alguma coisa, com seu andar duro ressoando nos degraus da escada. Penetrou na sala, o rosto corado pela morte, os lábios rosados, e colocou sua música ao piano.<br />- Matei-o ou não? - lançou-me a pergunta com o dedo em riste. - Qual o seu palpite?<br />- Não - gaguejei. - Porque me convidou para ir e nunca teria me convidado a partilhar esta morte.<br />- Ah, matei-o num acesso de raiva porque você não foi comigo. - disse, tirando a capa das teclas. Podia ver que ele seria capaz de continuar assim até o alvorecer. Estava exultante. Observava-o dedilhar a música, pensando: ele pode morrer? Ele realmente pode morrer? (...)<br />Apertou duas sétimas com as mãos, que possuíam uma abertura incrível e mesmo em vida poderia ter sido excelente pianista. Mas tocava sem sentimento; estava sempre longe da música, como se a tirasse magicamente do piano, com o virtuosismo de seus sentidos de vampiro. A música não vinha através dele, não passava por seu corpo.<br />- Bem, eu o matei? - perguntou de novo.<br />- Não, não o fez - repeti, apesar, de poder perfeitamente dizer o contrário. Estava concentrado em manter o rosto imóvel.<br />- Acertou. Não o fiz. - disse ele. - Excita-me ficar perto dele, pensar várias vezes: posso matá-lo e o farei, mas não agora. E depois deixá-lo e procurar alguém bastante parecido com ele. Se tivesse irmãos... puxa, mataria um a um. A família sucumbiria a uma febre misteriosa que secaria todo o sangue de seus corpos! - disse ele, imitando ironicamente um camelo."<br /><br />(Louis, falando sobre Lestat, após sua decadência. Entrevista com o Vampiro)<br />"E ao baixar os olhos para ele, ao ver seu cabelo louro contra meu casaco, tive uma visão de como era há muito tempo atrás, aquele cavalheiro alto e firme, numa esvoaçante capa preta, a cabeça erguida, a voz melodiosa e imaculada entoando uma frase da ópera que acabávamos de assistir, seus passos ressoando nos paralelepípedos para marcar o ritmo da música, seus olhos grandes e brilhantes alcançando a jovem que parava enlevada, fazendo um sorriso nascer em seu rosto enquanto a canção morria. E por um momento, aquele exato momento em que seus olhos se<br />encontravam, todo mal parecia apagado por aquela torrente de prazer, aquela paixão pelo simples fato de estar vivo."<br /><br /><br />Enfim... decidi colocar meros trechos, que chegam a ser simples demais, tendo em vista que se tivesse que colar as discussões filosóficas, como as de Memnoch, este post ficaria demasiadamente extenso.<br /><br />É isso.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-76290600289773770682010-08-05T16:45:00.000-07:002010-08-05T17:52:58.388-07:00Inconsciente ColetivoUm dos escritores mais geniais que pude ler foi C. G. Jung, o famoso psicanalista.<br /><br />Suas teorias me deixam perplexo. Seja o Inconsciente Coletivo, a Sincronicidade, a Individuação do Ser ou a Imaginação Ativa, as obras de Jung mudaram meu jeito de ver o mundo.<br /><br />Entretanto, o Inconsciente Coletivo é de longe a teoria mais interessante e original.<br /><br />Já se falava em Inconsciente... Dentro da filosofia de Schopenhauer, vemos o tempo todo a noção de que o homem age instintivamente.<br /><br />Depois de Freud, o Inconsciente ganha força e passa a ser estudado pela psicanálise. Entretanto, fundamentado em suas teorias sexuais. Tudo estava ligado ao sexo.<br /><br />Tudo o que Freud escreve faz muito sentido, mas ele permanece no inconsciente pessoal... fala sobre a relação entre inconsciente e consciente de uma pessoa... id, ego e alter-ego.<br /><br />Então, chegamos a Jung, que surge com a idéia de que existe um "inconsciente coletivo", sendo a camada mais profunda da psique humana.<br /><br />Tudo o que acontece na História deixa uma marca nesse Inconsciente, que gera efeitos nos nosso "inconsciente individual".<br /><br />Gosto do conceito de Caio Fábio:<br />"O Inconsciente Coletivo é constituído por todas as emanações do inconsciente de todos os indivíduos; e, assim, quando algo de bom se torna um sentir comum de um grupo humano interconectado por qualquer que seja a via (do afeto ou desafeto familiar, aos aspectos de natureza coletiva no mundo todo) - o Inconsciente Coletivo se torna cada vez mais carregado, como as nuvens que se acumulam sobre nossas cabeças, em razão das "evaporações" que emanam da Terra."<br /><br />Em seu livro de ficção, Nephilim, Caio Fábio apelida o Inconsciente Coletivo de "Armazém de Todos os Sonhos". Com esse apelido genial, fica fácil de entender esse processo.<br /><br />É como se todos os nossos "sonhos", os sonhos da humanidade durante toda a história, estivessem sendo gravados e guardados neste Armazém, formando uma camada superior à nossa psique, de forma que ao mesmo tempo que recebe nossa influencia, também nos influencia.<br />Querem exemplos práticos?<br /><br />Basta olhar para o oriente médio. Aquilo não é apenas uma cultura. Vejo o Inconsciente Coletivo alimentando aquela cultura de machismo, terrorismo e fanatismo religioso.<br /><br />E repito: Essa loucura não se deve apenas à cultura passada de pai pra filho!<br /><br />Basta olhar a Alemanha de Hitler.<br /><br />Um país iluminado por gênios como Kant, Nietzsche, Goethe, Schopenhauer, caiu na desgraça como que por uma possessão, em que até os líderes religiosos, juízes e pessoas comuns APOIAVAM o que estava sendo feito!<br /><br />Jung, que foi contemporânio à Alemanha Nazista, dizia que ela estava possuída pelo deus Wotan, o deus malvado da mitologia ariana.<br /><br />Ora, isso não passa de um arquétipo!<br /><br />Arquétipos não são nada mais do que símbolos utilizados pelo inconsciente (certamente vocês já ouviram falar que sonhar com tal coisa significa outra tal coisa). Os arquétipos são produtos do Inconsciente Coletivo e deles se originam os mitos.<br /><br />Jung utilizou-se de um arquétipo para demonstrar como a Alemanha estava possuida por uma idéia que não lhe pertencia, a não ser a milhares de anos antes.<br /><br />Vejo que há uma influência grande do Inconsciente Coletivo que é desprezada e confundida com cultura.<br /><br />Sua maior influência se dá no campo da religiosidade. Basta ver as várias "possessões" que ocorrem na Igreja Universal, por exemplo.<br /><br />A pessoa entra na igreja já com uma certa auto-indução, de que é possível que tenha um "demônio" dentro dela e se ele for expulso todos seus problemas irão acabar, sendo eles familiares, financeiros etc.<br /><br />Então, ao invés da pessoa olhar para seus defeitos e seus atos que levaram sua vida à destruição, ela se acomoda a acreditar que é um outro "ser" que faz a vida dela estar nesse estado. Dessa forma, já auto-induzida por esta idéia, ela entra na igreja e em um determinado momento, várias pessoas começam a sofrer certas influências (que pra mim são do Inconsciente Coletivo imperando naquele lugar, somada à auto-indução) e a pessoa realmente fica possuída PELA SUA PRÓPRIA PSIQUE, criando para si mesma a promessa de que, assim que aquela "coisa" for expulsa, tudo será diferente.<br /><br />Mas, passando uma semana, tudo será como antes.<br /><br />Enfim... vai começar o jogo do São Paulo na libertadores e "as futilidades da vida maquiam a nossa fúnebre existência"... então, vou lá para a melhor futilidade de todas, o futebol.<br /><br />Depois escrevo mais sobre Jung e suas teorias.<br /><br />Até.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-74972853737951817792010-07-14T17:45:00.000-07:002010-07-14T18:08:33.041-07:00Falta de postagens.Há algum tempo eu não posto.<br /><br />Por que não posto?<br /><br />Não é por falta de vontade ou de algo a escrever.<br /><br />Pensei em escrever sobre arte e o bem que ela me faz, depois de ouvir Requiem Lacrimosa do Mozart, depois de um dia deprimente, e o regozijo que isso me trouxe.<br /><br />Pensei em escrever sobre o homem ser algo em extinção, por conta da popularização de viadagens como metrossexuais, depilação, emos, tirar sobrancelha, essas vaidades absurdas e todas essas coisas que têm afastado o homem do antigo gorila que um dia foi.<br /><br />Pensei em escrever como os jovens de hoje são patéticos e acomodados em todos os tipos de situações, como, depender dos seus pais, depender de outras pessoas, a falta de cultura etc.<br /><br />Pensei em escrever sobre as mulheres e o quanto são diferentes umas das outras, ao mesmo tempo em que são idênticas.<br /><br />Entretanto, acabei escrevendo sobre o porquê não tenho escrito.<br /><br />O fato é que tenho me alegrado mais do que o comum e pessoas alegres não escrevem.<br /><br />Pessoas alegres cantam, dançam (embora eu não dance jamais rsrs), se exercitam, praticam esportes, se relacionam com outras pessoas, conversam e gastam tempo nesse âmbito social.<br /><br />Nesses dias não tenho lido Nietzsche, Schopenhauer ou Anne Rice. Aliás, tenho lido pouco.<br /><br />Por falar em ler, tenho assistido os vídeos do Felipe Neto e do PC Siqueira.<br /><br />Sabe porque eles fazem sucesso?<br /><br />Porque as pessoas não gostam de ler!<br /><br />Eles fazem crônicas em vídeo!<br /><br />Me lembram demais o Mário Prata, o maior responsável por me fazer um apaixonado por livros.<br /><br />Crônicas são leves, interessantes, engraçadas, informativas, enfim... são fáceis de ler e de aprender a gostar de ler.<br /><br />Vídeos são ainda mais fáceis de se assistir. Ouvir é mais fácil do que ler, para a maioria.<br /><br />Mas, de fato, os 2 são muito bons.<br /><br />Logo os posts ficarão ainda mais escassos por conta de outros compromissos que irei assumir.<br /><br />Mas, tentarei passar por aqui às vezes.<br /><br />Valeu!Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-83798833820864614882010-06-24T18:41:00.000-07:002010-06-24T19:12:59.846-07:00Palavras..."A vida e a morte estão no poder da língua". Rei Salomão.<br /><br /><br />Falar é a coisa mais fácil que existe. Fala-se o que quer, com a idéia de que as palavras ficam soltas ao vento.<br /><br />Ocorre que as palavras nunca ficam soltas ao vento. Todas geram efeitos, criam, destroem, matam e vivificam. Sei que isso lembra a Teoria do Caos, utilizada na criação do filme "Efeito Borboleta", mal utilizada, diga-se de passagem, embora o primeiro filme tenha sido interessante.<br /><br />Hitler, simplesmente com o poder de suas palavras, possuiu uma nação inteira com um pensamento absurdo. Os alemães ficaram possuidos com as palavras de Hitler, que levaram à morte e destruição milhões de judeus.<br /><br />Uma nação com pensadores do nível de Kant, Schopenhauer, Nietzsche, Goethe e tantas mentes iluminadas foi simplesmente reduzida a <strong>uma idéia</strong>.<br /><br />Quando Goethe, o romancista, escreveu "Os Sofrimentos do Jovem Werther", ocorreu uma onda de suicídios em toda a Europa, de tão profundo que o escritor era em suas palavras. O livro relata o amor não correspondido de Werther por Carlota, que acaba se suicidando por conta desse amor.<br /><br />Em pleno auge do romantismo, os jovens se suicidavam da mesma forma que Werther, tamanho o poder que as palavras de Goethe exercíam sobre os seus leitores.<br /><br />Hoje em dia, quem nos mostra esse poder absurdo são os líderes religiosos. Pastores com passagens pela polícia, notória falta de caráter e completa falta de bom senso lotam suas igrejas arrecadando valores absurdos dos fiéis, moram em suas mansões confortáveis, enquanto a pessoa que ganha um salário mínimo dá 10% do seu salário para a igreja.<br /><br />O poder da palavra desses cidadãos é tão grande que as pessoas nem se perguntam pra onde vai todo esse dinheiro, porque a igreja não ajuda os necessitados, ou o porquê do pastor andar em carro importado.<br /><br />A maioria dos religiosos confunde esse poder da palavra. Eles acham que Salomão falava de um poder mágico, então, quando vêem algum objeto de desejo eles dizem: "Isso ainda será meu, tenho poder em minhas palavras".<br /><br />Tenho pena dessas pessoas.<br /><br />A palavra mata e vivifica. É simples demais isso.<br /><br />Salomão costumava comparar a língua dos seus inimigos a flechas desferidas contra ele.<br /><br />Ora, todos sabemos que uma palavra dói mais do que um soco no estômago, da mesma forma que pode até "curar" uma pessoa.<br /><br />Agora, se você acha que estou exagerando, faça um <em>feed back</em> na sua vida e veja o quanto você já perdeu por causa de algumas palavras que falou, ou que deixou de dizer.<br /><br />Detesto auto-ajuda, mas sei que esse texto soou um pouco disso. Credo!<br /><br />Agora já está escrito, falado, dito, solto no ar e pronto para surtir possíveis efeitos.<br /><br /><br />É mais ou menos isso.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3426596966481668499.post-90360153473474196822010-06-16T10:16:00.000-07:002010-06-16T16:12:57.329-07:00IdeologiaNão gosto do Cazuza. Não gosto do estilo de música dele e não o acho um poeta nem um gênio.<br /><br />Gênios não fazem letras de músicas, escrevem livros. Gênio é Newton, Einstein, Jung, Freud, Schopenhauer, Nietzsche, ou até mesmo compositores (MELODIA) como Bach, Beethoveen, Mozart etc.<br /><br />Não existe letra de música genial... e não me venha com Chico Buarque, Caetano Veloso e esses papos de bicho grilo.<br /><br />Entretanto, há uma frase do Cazuza que me chama a atenção: "Ideologia, eu quero uma pra viver".<br /><br />Não que eu ache genial ou fora do comum.<br /><br />Mas, viver pressupõe um porquê, ou não?<br /><br />Um religioso me diria: "Todo homem nasce com um vazio, que precisa ser preenchido por Deus".<br /><br />Um ateu pessimista diria: "Viver é nascer, crescer e morrer, como uma planta e nada mais".<br /><br />Um artista diria o que Ferreira Gullar disse: "A arte existe porque a vida não basta".<br /><br />Um romântico diria: "Viver é amar." Ou talvez: "Viver só faz sentido se for por alguém".<br /><br />Um materialista diria: "Viver é conquistar objetivos, ganhar o mundo".<br /><br />Um espartano diria: "Viver faz sentido quando se marca o seu nome na história".<br /><br />Um psicólogo junguiano diria: "Viver só faz sentido a partir da individuação do ser".<br /><br /><br />O fato é: Viver pressupõe um porquê!<br /><br />Entretanto, a vida está ligada a fatores externos em constante mutação. Esse "porquê" é alterado pelas circunstancias imprevisíveis a que estamos sujeitos a todo o tempo, logo, perde-se o sentido da existência, até que a mente e olhar se encontrem de frente a outro "porquê".<br /><br />Uma ideologia perde o sentido facilmente após uma observação eficaz a respeito de outros pontos de vista, outras visões e outros olhares a respeito da própria ideologia.<br /><br />Uma pessoa muda de idéia, de emoção e vai embora.<br /><br />Uma familia é desfeita por uma traição, por um momento de loucura.<br /><br />Um objetivo material é destruído por fatores comerciais, financeiros e imprevistos frequentes.<br /><br />E assim, os porquês vão sendo revistos, procurados novamente...<br /><br />É inevitável não cair na Teoria da Vontade de Schopenhauer.<br /><br />Aquela em que o homem vive para satisfazer uma vontade, luta bravamente até consegui-la, se farta dela e volta a viver incessantemente à procura da satisfação de outra vontade que surgiu no lugar da saciada.<br /><br />Nesse olhar sobre o "porquê" vemos esse ciclo quando os imprevistos acontecem.<br /><br />Não sei se há uma solução. Acho Schopenhauer utópico em sua solução budista que ele mesmo nunca seguiu.<br /><br />Talvez a individuação faça mais sentido. Ainda escreverei sobre Jung...<br /><br />O fato é que: "só sei que nada sei". Grande Sócrates, falou, falou e falou, pra chegar a essa brilhante conclusão!<br /><br />Se formos divagar sobre isso, viraremos um Cruz e Souza, na fase da "dor de ser humano".<br /><br />A vida é a vida.<br /><br />Não tivemos escolha entre viver ou não, então nos viramos como podemos. Jogamos com as cartas que temos na mão. Buscamos sentido, procuramos "porquês", chafurdamos nossas caras em nossa própria imbecilidade, tentamos alcançar a salvação...<br /><br />Sei que o texto não seguiu uma lógica aristotélica, ou uma coerência grega, mas a vida não é coerente e é assim que as coisas são.Gustavohttp://www.blogger.com/profile/02082415338250864959noreply@blogger.com0