domingo, 19 de junho de 2011

Buenos Aires: Minhas impressões.

Cheguei ontem de Buenos Aires. Para embarcar foi uma tribulação, por conta do vulcão, mas, graças a Deus deu tudo certo.

O meu voo era 10:40 do dia 14, mas consegui embarcar às 20:00. As informações de cancelamento vinham de todos os lados, mas eu tive fé e esperei o dia inteiro que houvesse algum voo. A GOL teve avião decolando 14:30, mas a TAM (que era a minha empresa) dizia que estavam todos cancelados, mas, graças a Deus, à noite finalmente saiu o voo.

O duro era aguentar a torcida do Santos lá no aeroporto gritando o tempo todo. Principalmente quando apareceu por lá o Dentinho com a Samambaia e depois o Caio do Globo Esporte (ex jogador do São Paulo)

Peguei o avião (de volta) às 18:10 do dia 17.

A viagem foi maravilhosa e não tinha como ser diferente. Gosto de tudo o que tem na Argentina. Gosto de frio, churrasco, futebol argentino, tango, arquitetura neclássica, enfim, foi muito bom.

Assisti a um tango no Café Tortoni, o café de 150 anos em que figuras como Gardel, Sartre e, mais recentemente, Hilary Clinton estiveram presentes.
Fui aos jardins em Palermo (Botânico e Japonês), conheci o Teatro Colon, os pontos turisticos do centro (casa rosada etc, meu hotel ficava ao lado do obelisco), conheci o estádio do Boca Juniors... fizemos compras (não onde os turistas compram, na rua Florida, mas onde os argentinos compram...) nos outlets da av. córdoba, rua Aguirre etc, passeamos pelos bairros, cemitério da Recoleta, Hard Rock Cafe... Enfim, valeu muito a pena.

O frio era terrível e maravilhoso! A arquitetura belíssima, assim como as árvores em estilo europeu. O tango que assisti foi lindíssimo, comprei o cd e o dvd por lá.

Um peso está valendo 0,40 centavos, então foi muito vantajoso para compras. Comprei camisa do boca, jaqueta do boca, jaqueta de couro, perfume e muitas lembraças, tudo muito barato.

O jardim japonês, que foi feito em homenagem à visita de um príncipe do Japao a Buenos Aires, é belíssimo.

Mas, obviamente, os lugares em que mais me diverti foram no La Bambonera (estádio do Boca) e o cemitério da Recoleta, onde Evita está enterrada. É um museu a céu aberto.

Também fiquei encantado com o povo argentino.

Sempre nos ajudavam com muita simpatia, falando devagar de forma que pudéssemos entender. Se bem que, no final de viagem, eu já falava de futebol quase fluentemente com os taxistas rsrs. E, ao contrário do que muitos falam, eles respeitam o Brasil e admiram! Na maioria das lojas da Nike - na vitrine da loja - o que mais se vê são camisetas do Brasil.

Que povo culto, gentil, solícito e simpático!!!

Buenos Aires é conhecida como a Capital Mundial do Livro.

É uma pena que um país de gente tão fascinante seja tão atrasado economicamente. É uma prova de que, infelizmente, cultura não leva ninguém a lugar nenhum.

Vi um garoto (muito pobre) que vendia bugigangas na rua lendo o seu livro entre uma abordagem e outra ao clientes.

Fantástico! Enquanto, no Brasil, conheço gente chefiando determinada empresa multinacional e ganhando uma fortuna sem NUNCA ter lido UM livro, na Argentina até vendedor de bugiganga tem o costume de ler.

Também são muito politizados. Enquanto aqui no Brasil os "manos" pixam os nomes de suas gangues, na Argentina todas as pixações fazem menção a algum "grupo estudantil". Os estudantes são politicamente ativos e protestantes. Em frente a Casa Rosada há muitos protestos requerendo atenção especial aos soldados que defenderam a Argentina nas guerras (não chequei a ler todas as faixas, mas, imagino que seja pela Guerra das Malvinas, em que foram massacrados pelos ingleses).

Outra coisa que me deixou intrigado é que o argentino ama muito mais a seleção do país do que o seu time do coração. Vi pouca gente com a camisa do Boca ou do River, mas muuuuuuuuuita, muita, muita gente com a camisa ou jaqueta da seleção argentina. Nas lojas também predominam as camisetas da seleção, bem como nas bancas predominam as revistas e jornais falando da seleção.

A cidade respira cultura. Em cada esquina tem um teatro com filas cheias, cinemas, tangos, uma infinidade de "cafés", livrarias imensas que não tem fim e muitas, muitas, muuuitas estátuas belíssimas. A cidade é bem condensada e, portanto, é fácil andar o centro todo a pé. É muito mais segura do que as capitais brasileiras e muito limpa!

A comida também é fantástica. O famoso "bife de chorizo" é um contra filé gigantesto servido com "papa frita" (batata frita). O tempero é diferente e o corte da carne é o mais interessante. Os alfajores Havanna, o "helado" (sorvete) e o "dulce de leche" (doce de leite) também são fantásticos.

Enfim, foi uma viagem inesquecível!

Escrevo ouvindo um dos cds de tango que comprei em BA:

"Camerata Porteña, com a participação de José Ángel Trelles. Uma interpretação do Astor Piazzolla."



Genial!

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