quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Escola...

Penso que as escolas deveriam preparar para a vida, e não apenas para o vestibular. Como pode alguém passar mais de 10 anos em uma sala de aula e aprender tanta coisa inútil, ao passo que não aprende coisas essenciais à cidadania.
Quando eu tinha 16 anos tive que aprender coisas na escola como calcular logarítimos, matrizes, ou o Dispositivo Prático de Briot-Ruffini, ao passo em que nunca me foi e
nsinado nada sobre o Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Ministérios etc. Fui aprender na faculdade (isso porque fiz Direito, porque do contrário, não saberia até hoje), e, no entanto, tinha o título de eleitor desde os 16.

Qualquer pessoa maior de 18 anos é obrigada a votar, independentemente de sua área de atuação (exatas ou humanas), mas, ninguém recebe qualquer instrução básica sobre a Constituição ou Ciência Política.

Por isso, acho a escola uma merda.
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terça-feira, 19 de junho de 2012

Corrupção e Hipocrisia.

O corrompido existe porque existe o corruptor. 

Quem aceita propina é corrupto, quem oferece também é.

Quem não recolhe qualquer tipo de tributo é tão corrupto quanto o fiscal que exige dinheiro para não "fechar o seu negócio".

Quem oferece o "dinheiro do cafezinho" para o policial é tão corrupto quanto o servidor público que aceita o dinheiro ilícito. Ambos cometem crime, seja Corrupção Ativa ou Corrupção Passiva.

Ética não é algo a ser cobrado só dos políticos, policiais, fiscais e servidores públicos em geral. Todo cidadão deve ter ética como princípio básico e fundamental.

Até porque, ninguém faz parte do Congresso Nacional por hereditariedade. São representantes do povo, eleitos pelo povo.

Portanto, os políticos são reflexos da nossa sociedade. O que acontece em Brasília, acontece no Brasil inteiro, em todas as esferas da sociedade.

A corrupção está em todo lugar. Fala-se muito de políticos, mas quando ela vem de um cidadão comum, chega a passar desapercebido.

Haverá uma mudança nesse país quando e ética for ensinada desde a infância, pelos pais, antes mesmo de qualquer outro valor.

É muito bonito falar de Amor, Paz, Justiça e outros valores, mas, para que exista qualquer um desses, é preciso que antes haja ÉTICA.
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quinta-feira, 7 de junho de 2012

O mistério do motorista do Golf.

O Universo tem seus mistérios e alguns deles me intrigam.

A antimatéria, os buracos negros, a teoria dos universos paralelos, os óvnis e o motorista do Golf.

Motorista do Golf?

Sim!

Desde que tirei a carteira de habilitação, noto uma peculiaridade daqueles que dirigem determinados modelos de carro. 

É como aquela história de que o cachorro assume a personalidade do dono, já ouviu? Então... Tenho a impressão de que o motorista assume a "personalidade do carro". Qualquer dia escrevo sobre a "personalidade" do Astra e do Corolla, pois ambos também me intrigam, mas hoje é o dia do Golf, o mais impressionante de todos.

Não que eu tenha uma agenda muito lotada, nem que eu seja muito atarefado, mas, normalmente estou com pressa. Talvez porque saio de casa sempre no horário limite (pra não dizer atrasado), talvez porque sou ansioso e hiperativo, ou talvez porque simplesmente não tenho prazer em gastar o meu tempo no trânsito. Não importa. O fato é que, como bom apressado, ando quase sempre na esquerda... Isto é, quando um Golf não faz com que eu mude de ideia.

O motorista de Golf só anda na esquerda e; por razões que eu desconheço, mas tentarei descobrir nesta crônica; ele dirige "beeeeem devagarinho", com o braço pra fora, pescoção esticado na janela, sorriso no rosto e seu óculos Ray Ban.

Ela ama dirigir!

Talvez sejam os bancos de couro, talvez a direção hidráulica, ou, quem sabe, seja a mecânica do carro, sei lá... Não faço ideia! Nunca dirigi um Golf, mas, tenho uma vontade enorme de dirigir, pra saber qual é o "barato" que dá.

É claro que irrita você estar atrás, ansiando que ele te dê lugar para a ultrapassagem - ao invés de curtir lentamente o seu passeio - mas, mais do que irritar, causa inveja! Eu vejo aquela pessoa sorrindo no trânsito, andando tão vagarosamente, sem pressa, sem ansiedade, sem problemas, sem horários a cumprir, com toda aquela calma, sem se importar com uma fila de carros atrás, completamente loucos de raiva e eu penso: "Esse carro é tudo o que eu preciso"!

É como o clichê da propaganda do carro zero: a família vai cantando durante todo o percurso, o marido abraça o carro, a esposa ajuda a lavá-lo, as crianças são educadas e felizes, os irmãos não brigam...

O problema é que o marketing é falso, exceto quando é a propaganda do Golf, pois, meu amigo, esse faz milagre!

Às vezes, no caminho do trabalho para casa, quando empaco atrás de um Golf, na via da esquerda, e sou obrigado a segui-lo até em casa, vou pensando em muitas coisas - pois dá tempo de planejar até a minha aposentadoria daqui há 30 anos - e o que mais penso é no que o motorista fazia em casa antes de ir para a rua. Acho que seria uma cena do tipo: Ele em casa, no sofá, assistindo Chaves e, entediado, pensa: "Puxa vida, nada pra fazer... Agora é a hora do rush, vou socializar no trânsito".

Não me pergunte qual o motivo da atração pela via da esquerda. Como eu já disse, nunca dirigi um Golf. A única coisa que posso imaginar é que, andando na esquerda, fica mais fácil de esticar o pescoço pela janela; coisa que o Golf exige de você.

No domingo então, sai de baixo! Jamais siga um Golf em pleno domingo, principalmente se você tiver problemas cardíacos! Dia mundial do tédio, os Golf's estão a solta! 

Meu avô, que Deus o tenha, costumava dizer: "Vou mandar esse cara trazer a morte pra mim". Infelizmente, a morte não veio de Golf para ele, que morreu jovem demais.

Portanto, prezado leitor, quando pensar em comprar um carro, pense nisso: alguns carros são meios para se chegar a algum destino, o Golf é o próprio destino.


















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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quando eu estava no segundo colegial, um professor de história perguntou: "No holocausto foram mortos 6 milhões de judeus. Na Revolução Russa foram mortos 22 milhões de russos. Por que se fala tanto nos 6 milhões de judeus, ao passo em que não se fala nada nos 22 milhões de russos?" Aquilo ficou na minha cabeça e fui pesquisar. Naquele dia, aprendi mais do que em todo o resto da minha vida estudantil.


Não Veja, leia... pesquise!



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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ateus

Existem 2 tipos de ateus. O primeiro é aquele ateu convicto, para quem a religião é indiferente, embora ele conheça seus preceitos. Para ele, a inexistência de Deus não tem qualquer ligação com as falhas e os dogmas das religiões, ele sabe ...que a "idéia de Deus" e as religiões são completamente independentes um do outro. Ele não acredita em Deus porque, segundo o seu entendimento, somos meros frutos do acaso, produtos do absurdo, seguindo a lógica de Camus, ou, sendo influenciado por outros existencialistas, tal qual Sartre. O segundo tipo é o ateu rebeldinho. Este ateu não sabe nada de nada. Não sabe nada sobre qualquer religião, sobre filosofia, física, darwinismo ou qualquer outra coisa. Ele vê a Igreja Católica sendo uma entidade que vive pelo poder, desde que foi fundada (e transformada em religião oficial por Constantino), praticando toda sorte de absurdos ao longo de sua história, desde assassinatos, tortura e discriminação; vê a Igreja Evangélica com seus pastores milionários e suas doutrinas estranhas, cheia de falso puritanismo; ou os Islamistas e seus seguidores fanáticos, dispostos a matar ou morrer pela causa... e o que ele pensa? Pensa assim: "A religião é uma merda, logo, Deus não existe". Respeito o primeiro tipo de ateu, bem como suas convicções. O segundo tipo, pra mim, é igual o pior tipo de religioso: aqueles fanáticos que não conseguem viver em paz com o resto do mundo.
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sábado, 14 de janeiro de 2012

Estereótipos: o prazer absoluto dos ignorantes.

Desde o surgimento da raça humana, nosso cérebro está condicionado a procurar padrões em tudo aquilo que observa.

O processo é simples: Observamos coisas semelhantes, encontramos padrões e os definimos de forma generalizada. Os animais fazem isso o tempo todo, até mesmo como forma de sobrevivência.

Sendo um dos animais mais medrosos, o Homo sapiens também procura padrões em tudo, generaliza e utiliza esse conhecimento (que nem sempre é empírico) como forma de defesa. Então, surgem os ESTEREÓTIPOS.

TOP 10 -

1 - Todo político é ladrão.
2 - Todo musculoso é burro.
3 - Todo tatuado é maloqueiro.
4 - Todo padre é pedófilo.
5 - Todo pastor é ladrão.
6 - Todo cabelereiro é homossexual.
7 - Toda funkeiro é devasso.
8 - Todo homossexual é promíscuo.
9 - Todos que usam óculos são nerds.
10 - Todo espanhol é teimoso.

As generalizações possuem a sua razão de ser, pois, conforme supracitado, antes do estereótipo sempre há um padrão inicial. Por exemplo: são frequentes os casos de corrupção no Congresso Nacional, logo, o generalizador não perde tempo em alegar que todos os políticos são ladrões.

É óbvio que até mesmo o generalizador prevê que há algumas exceções, embora não se importe em ignorá-las ao lançar suas assertivas.

Entretanto, padrões são volúveis, isto é, mudam facilmente conforme a sociedade evolui e quebra paradigmas consolidados por antepassados.

Houve um tempo em que era constrangedor ficar perto de alguém tatuado. Hoje, quase metade das pessoas já possui ao menos uma tatuagem. Antigamente, "nerd" era um dos piores xingamentos que poderia existir. Siginificava que o ofendido era um feioso de óculos, que não sabia falar e viver em grupo, que apanhava de todos e nunca tinha uma namorada. Hoje, está na moda ser "nerd". A palavra ganhou um ar de "cult", inteligência e até elegância.

O generalizador arrisca-se a "queimar a língua" a todo momento. O que hoje é um padrão que leva a uma conclusão negativa, amanhã pode carregar um significado totalmente diferente.

As igrejas, embora afirmem categoricamente que "Deus não muda", de tempos em tempos mudam seus julgamentos e sua maneira de tratar os padrões.
Os sacerdotes queimavam e enforcavam as "bruxas" e os "infiéis"; organizavam cruzadas sangrentas ao oriente, matando e saqueando os mulçumanos; vendiam indulgências (terrenos no céu); enfim, praticavam atos e mais atos que hoje condenam de forma absoluta. Antes de haver a noção de Direitos Humanos, a igreja era outra.

Hodiernamente, a "santa igreja" ainda é contrária ao uso de preservativos, amanhã, provavelmente essa mentalidade mudará.

Além disso, qualquer um pode cair em um estereótipo e ser julgado pelos generalizadores.

Plagiando Drummond, vamos à "Quadrilha dos Estereótipos":

A dona de casa diz que os tatuados são malandros;
os tatuados acham que os políticos são ladrões;
os políticos acham que os homossexuais são promíscuos;
e os homossexuais acham que os padres são pedófilos.

Os padres acham que os pastores são ladrões;
os pastores acham que os funkeiros são devassos;
os funkeiros acham que os musculosos são burros;
e os musculosos acham que os de óculos são nerds;

Os nerds acham que garotas são fúteis;
as garotas acham que os pais são ciumentos;
os pais acham que donas de casa são vagabundas.

Se você não caiu em nenhum desses esteriótipos, não se preocupe, existem milhões.

Enquanto houver padrão:

Ainda que exista gente bem intencionada no Congresso; político será ladrão.

Ainda que o musculoso gaste apenas 1 hora por dia na academia e 4 horas por dia estudando e lendo os clássicos da filosofia e literatura; musculoso é burro.

Mesmo que padres ajudem pessoas a saírem das drogas; padre é pedófilo.

Ainda que haja o pastor caridoso, que alimenta o faminto; pastor é ladrão.

Embora nerds namorem e tenham amigos; nerd é antisocial.

Ainda que o tatuado seja médico no Albert Eisten; tatuado é maloqueiro.

Não importam os argumentos, o raciocínio lógico ou as exceções; sempre haverá o olhar medroso e ignorante do generalizador, para reduzir qualquer coisa há um padrão fixo e invariável.

Que Sartre, Kierkgaard e todos os existencialistas se revirem em suas tumbas.

Não faz diferença.

O medo e a ignorância conduz o tolo ao estereótipo.
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domingo, 16 de outubro de 2011

Religiões

Cada vez mais eu tenho a certeza de que as religiões são fundamentalmente consolidadas por pura tradição.

95% dos religiosos que conheço, inclusive os mais fanáticos, seguem crendo no que creêm porque seus pais criam assim, porque alguém os convenceu de que é a melhor crença ou porque tal crença provocou-lhes alguma mudança superficial, tal qual parar de beber ou fumar.

Eles conhecem a "verdade", sem jamais terem conhecido a "mentira", isto é, tomam para si como verdade única seu pacote de dogmas sem jamais deixar em aberto a possibilidade da crença do outro ser a "verdade". Passam a vida toda acreditando em pressupostos que não podem defender, por não pesquisarem suas origens.

Seguem ritos que não entendem, ensinam o que jamais estudaram, lêem sem a menor noção de hermenêutica, não situam o texto dentro do contexto em que foi utilizado há milhares de anos, mas têm certeza de que é a VERDADE. "Eu ensino a verdade para os que conhecem a mentira", típico papo de religioso prepotente, cuja mente é tão ínfima que é incapaz de se perguntar: "será mesmo que estou certo? Será que não há verdade do outro lado"?

A religião, do latim religare (religar o homem ao divino), tem servido para afastar os homens, criar guerras, desfazer famílias e causar a discórdia.

Acredito em Deus, mas, tenho certeza que um mundo povoado por ateus seria um lugar melhor para se viver.

E tenho dito.
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