domingo, 16 de outubro de 2011

Religiões

Cada vez mais eu tenho a certeza de que as religiões são fundamentalmente consolidadas por pura tradição.

95% dos religiosos que conheço, inclusive os mais fanáticos, seguem crendo no que creêm porque seus pais criam assim, porque alguém os convenceu de que é a melhor crença ou porque tal crença provocou-lhes alguma mudança superficial, tal qual parar de beber ou fumar.

Eles conhecem a "verdade", sem jamais terem conhecido a "mentira", isto é, tomam para si como verdade única seu pacote de dogmas sem jamais deixar em aberto a possibilidade da crença do outro ser a "verdade". Passam a vida toda acreditando em pressupostos que não podem defender, por não pesquisarem suas origens.

Seguem ritos que não entendem, ensinam o que jamais estudaram, lêem sem a menor noção de hermenêutica, não situam o texto dentro do contexto em que foi utilizado há milhares de anos, mas têm certeza de que é a VERDADE. "Eu ensino a verdade para os que conhecem a mentira", típico papo de religioso prepotente, cuja mente é tão ínfima que é incapaz de se perguntar: "será mesmo que estou certo? Será que não há verdade do outro lado"?

A religião, do latim religare (religar o homem ao divino), tem servido para afastar os homens, criar guerras, desfazer famílias e causar a discórdia.

Acredito em Deus, mas, tenho certeza que um mundo povoado por ateus seria um lugar melhor para se viver.

E tenho dito.

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