domingo, 5 de setembro de 2010

Um brinde a Nietzsche.

Se eu ganhasse na Mega Sena, uma coisa que eu faria com absoluta certeza seria distribuir milhares ou milhões de exemplares de "O Anticristo" de Nietzsche a todos os fiéis de igrejas.

Se possível, com o tempo que eu teria, eu faria uma interpretação simplificada para os menos eruditos.

Em seu prólogo, Nietzsche declina:

"Este livro destina-se aos homens mais raros. Talvez nem possa encontrar um único sequer que ainda esteja vivo. Estariam eles entre os que compreendem o meu Zaratustra. Como poderia eu misturar-me com aqueles a quem hoje se presta ouvidos? Só o futuro me pertence. Há homens que nascem póstumos.
(...)
Ouvidos novos para uma música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até hoje permaneceram mudas. E uma vontade de economia de grande estilo: reunir a sua própria força, o seu próprio entusiasmo... O respeito por si mesmo, o amor-próprio, a liberdade absoluta para consigo...
Muito bem, só esses são meus leitores, os meus verdadeiros leitores, os meusleitores predestinados: que importa o resto? O resto é somente a humanidade. É necessário ser superior à humanidade em força, em grandeza de alma - e em desprezo..."

Friedrich Nietzsche.



Ah, humanidade!

Ah, humanidade!

As vacas continuam a ser guiadas.

De que adianta um Nietzsche em um mundo onde as "pegadas dos marinheiros valem mais do que os micos e cacatuas em uma ilha deserta", como profetizou Schopenhauer?

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